O cardeal australiano George Pell, número três na hierarquia do Vaticano, saberá em maio se será julgado pelas denúncias de agressão sexual cometidas há anos e que pesam contra ele, anunciaram seus advogados.
George Pell, 76 anos, um dos conselheiros mais próximos do papa Francisco, é acusado de múltiplas agressões, que ele nega de modo veemente.
Um tribunal de Melbourne ouviu durante quatro semanas os testemunhos das supostas vítimas, que também responderam às perguntas dos advogados do cardeal.
Nesta terça-feira (17) a acusação e a defesa apresentaram suas conclusões e o tribunal decidirá no dia 1 de maio se o cardeal será levado a julgamento.
Robert Richter, advogado de Pell, declarou que o caso não será julgado porque as supostas vítimas não têm credibilidade, informou o jornal Herald Sun de Melbourne.
O promotor Mark Gibson admitiu que alguns depoimentos podem ser contraditórios, mas disse que isto não significa que não existem provas e que cabe ao tribunal tomar a decisão final, destacou o jornal The Age.
Pell é o integrante mais importante da Igreja Católica acusado de agressão sexual.
A acusação foi anunciada após uma longa investigação nacional sobre as respostas institucionais aos abusos contra menores por parte de religiosos.
Pell foi ordenado padre em 1966 em Roma e depois progrediu por todos os níveis da hierarquia católica na Austrália.
Em 1996 foi nomeado arcebispo de Melbourne e em 2001 de Sydney. Em 2014 foi designado pelo papa Francisco prefeito da secretaria de Assuntos Econômicos do Vaticano.
Fonte: JC Online
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