domingo, 4 de fevereiro de 2018

Globo promovendo a aceitação social do incesto?

Usando de eufemismos, a rede Globo tenta suavizar um possível incesto em seu programa BBB 18? É o que questiona a sociedade.
A intimidade de uma família (beijo, carícias etc) está sendo um dos assuntos mais comentados nas redes sociais desde o início do programa. Vejo essa polêmica como uma engenharia social, propositadamente criada pelo reality show para gerar uma celeuma na sociedade e trazer à tona um assunto que há muitos anos tenta-se fazer a sociedade aceitar e mesmo conseguir a legalização, que é o sexo entre familiares.
Adeptos de uma sociedade com sua sexualidade poliformicamente perversa, tentam com essa polêmica aprovar socialmente perversões sexuais apenas como uma da tantas formas de “amor” que fazem parte da diversidade sexual.
Aproveitando essa tentativa de promover uma discussão que leva claramente para “aceitação social do incesto” devemos nós, como sensatos, problematizar, levantar questões sérias e trazer discussão severas sobre essa insistência obsessiva em relação ao tema, e não nos calarmos diante de mais uma abuso que é moral, sexual, social e cultural.
Vamos problematizar?
Questões precisam ser levantadas, como: Qual o limite de um carinho entre familiares? Existe esse limite? Até que ponto um carinho pode ser considerado um abuso travestido de amor?
Quando falamos de incesto entre pai e filhos, por exemplo, uma outra questão a ser abordada é o abuso sexual infantil, ou mesmo a pedofilia inserida dentro do incesto. Se este é cometido e aceito como carinho hoje por um adolescente ou adulto, com certeza foi uma construção desde a infância.
Não estaria hoje este incesto — que não há punição na lei brasileira — sendo fruto de um abuso sexual infantil, que é um crime? Um incesto aceito hoje como “carinho” sem malícia sexual, não seria fruto de uma violência simbólica cometido por pais que tinham poder sobre esta criança no passado? Esse poder de ontem não pode ter se desdobrado para “toques aceitáveis” pela criança adulta, pelo viés da alienação psicológica? Hoje não é um abuso infantil pois a criança cresceu, mas e no início o que poderia ser?
São questões que devem ser consideradas quando falamos em proteger crianças e adolescentes de adultos abusivos, perversos, que sempre arrumam uma maneira para abusar de vulneráveis confundindo a própria família, muitas vezes, refém psicológica e social desse adulto.
Entenda. Uma filha que quando adulta aceita intimidade abusivas e não percebe este abuso em muitos casos, pode estar desde a sua infância sendo assediada, abusada, sem ter a consciência deste repugnante ato.
O incesto e sua relação com a pedofilia
Tratei de casos de abuso sexual infantil em que atuei como perita, onde a criança não percebia que estava sendo abusada — tamanha a alienação.
Muitas crianças crescem acostumadas com abusos, assédio de adultos próximos, confundindo com amor paternal e maternal, defendendo o abusador. Em muitos casos, se sentem obrigadas a aceitar toques acreditando ser um ato de amor sem interesses sexuais. Porém, o fato é que no Brasil e no mundo há casos de abuso sexual travestido de relacionamento familiar aceitável.
Incesto e sua relação biológica
A biologia tem horror inato ao incesto. A proibição é considerada como a proteção natural contra os malefícios do cruzamento endogâmico, ou seja, biologicamente, o incesto   diminui o genetic pool de uma população, levando a malformações e doenças genéticas, aumentando também a probabilidade de determinadas doenças nessa população, principalmente ao longo de gerações. Só por esta verdade científica devemos abominar qualquer tentativa de aceitação social do ato.
Incesto como tabu religioso
O incesto, portanto, não pode ser considerado apenas como um tabu religioso. Existe uma razão biológica para que seja um ato repugnante e deve ser evitado por todos, inclusive pela cultura. A Bíblia também condena, abomina, veda o incesto. Diz a Bíblia, em Levítico 18:6: “Não descobrirás a nudez da mulher de teu irmão; e a nudez de teu irmão”.
Incesto e a destruição familiar
Pesquisas apontam que, essa repulsa que sentimos só de pensar em manter relações sexuais com nossos parentes próximos, principalmente pais e irmãos, está relacionada com a convivência familiar. No entanto, na contemporaneidade, existe um movimento compulsório, uma tentativa obsessiva de desconstruir estes laços tão próximos, com o objetivo de destruir esses laços afetivos gerando, maquiavelicamente, uma cultura sexual poliformicamente perversa. Isso inclui o incesto e também a pedofilia.
A aceitação social do incesto atribuído apenas ao TABU CULTURAL não se sustenta.
Ao contrário do que se imagina, há enorme variação nas sociedades, no que se refere à proibição de condutas. Há inúmeros comportamentos que, tidos em nossa sociedade como inaceitáveis, foram permitidos em outras sociedades. Vejam-se os exemplos do infanticídio e da castração. Em certas tribos indígenas no Brasil, o infanticídio é algo socialmente aceito. Na Itália dos séculos XVI ao XIX, a castração era feita em adolescentes, para que cantassem como mulheres, que eram proibidas nos coros dos mosteiros. Para nós, as duas práticas soam como abomináveis.
O incesto é uma exceção, pois, na antropologia, se reconhece a “quase universalidade do princípio da proibição do incesto” (Norbert Rouland).
Incesto, feminismo e o movimento Queer
Um número considerável de feministas desconstrucionistas, adeptas da liberdade plural da sexualidade, têm se unido ao movimento queer de subversão sexual. Juntos sistematicamente, têm tentado ao longo dos anos construir essa sociedade sexualmente perversa, incluindo o incesto como parte da diversidade e direito sexual. Podemos citar como exemplo desta obsessão a feminista (psicótica que morreu em 2012, vítima das drogas que usava) Sulamith Firestone. Ela promovia em suas falácias e em seu livro “Dialética do Sexo” que o seu maior sonho era chegar a uma sociedade com sua “sexualidade poliformicamente perversa”. Para ela e seus adeptos, esse era o ideal de sociedade, eliminado todos os tabus sexuais que eram causadores e geradores de violência contra a mulher e contra as tantas formas variáveis de gênero e de prazer sexual.
Vale lembrar que na história da humanidade  muitos “intelectuais”, adeptos da diversidade sexual, promoveram abertamente o incesto e a pedofilia como apenas uma das tantas manifestações plurais da sexualidade humana ou um direito sexual.
Incesto e a lei brasileira
“A definição jurídica do incesto vem do latim incestu (impuro, impudico) e é definida como a conjunção carnal entre parentes por consanguinidade ou afinidade, que se acham, em grau, interditados, ou proibidos, para as justas núpcias”. Fazer sexo com o próprio filho, pela lei brasileira, não é crime. O incesto (sexo entre os pais e os filhos), se ambos são maiores e nenhum está sob ameaça ou violência, é permitido pela lei brasileira, no sentido de não haver proibição além da moral, cultural, religiosa.
Entretanto, é certo que o Código Civil proíbe o casamento entre ascendente e descendente, seja o parentesco natural ou civil (art. 1.521, I, CC), mas essa proibição apenas tem reflexo penal se houver um casamento entre pessoas que sabem do parentesco, mas se casam omitindo esse fato ou se um deles sabe disso e induz o outro ao erro, omitindo o parentesco. Caracteriza-se o crime descrito no art. 236 ou o do art. 237 do Código Penal.
Infelizmente, novamente vemos que não é a relação incestuosa que se pune, mas a fraude caracterizada com a prática de um casamento proibido civilmente.
Tabu do incesto
A psicanálise vê o incesto como um tabu necessário, o denota como uma relação sexual ou marital entre duas pessoas consideradas, pela sociedade, como tão próximas que a união ou qualquer proximidade mais íntima entre elas torna-se proibida (tabu do incesto).
Freud disseca a questão do incesto frente 'natureza-cultura'. Ele afirma que o horror ao incesto vem como uma forma inconsciente, individual e coletiva, de se organizar a sociedade humana de uma forma que a distingue dos animais irracionais.
Não há civilização que aceite o incesto, mas sempre há grupo de pessoas, sem censura, noção de julgamento, sem interdição cerebral e psicológica que como animais irracionais, veem no ato sexual um direito sem se importar com o direito do outro, pessoas perversas que tentam em seus falaciosos discursos, maneiras de manipular crianças, jovens e sociedade por meio da cultura, a fim de fazer a sociedade aceitar o inaceitável.
Não podemos nos calar, devemos aproveitar esse abuso, essa polêmica, para repudiar toda e qualquer tentativa de aceitação social do incesto. Lembrando que se hoje o incesto é praticado, ontem pode ter acontecido um ato de pedofilia e abuso sexual infantil construído na mente dessa vítima como algo normal e prazeroso. Isso é crime, é crueldade, é usar a criança como um objeto sexual. Não podemos, nem por um segundo, aceitar como normal.
Nossa sociedade está doente. Temos que voltar a sanidade e cobrar das mídias e meios de comunicação que não aceitem o inaceitável, deixando de imputar o tabu do incesto apenas aos religiosos, mas sim como uma aberração contra a natureza humana, um doença, uma perversão sexual que deve ser repudiada e condenada para o bem da nossa civilização.

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domingo, 4 de fevereiro de 2018

Globo promovendo a aceitação social do incesto?

Usando de eufemismos, a rede Globo tenta suavizar um possível incesto em seu programa BBB 18? É o que questiona a sociedade.
A intimidade de uma família (beijo, carícias etc) está sendo um dos assuntos mais comentados nas redes sociais desde o início do programa. Vejo essa polêmica como uma engenharia social, propositadamente criada pelo reality show para gerar uma celeuma na sociedade e trazer à tona um assunto que há muitos anos tenta-se fazer a sociedade aceitar e mesmo conseguir a legalização, que é o sexo entre familiares.
Adeptos de uma sociedade com sua sexualidade poliformicamente perversa, tentam com essa polêmica aprovar socialmente perversões sexuais apenas como uma da tantas formas de “amor” que fazem parte da diversidade sexual.
Aproveitando essa tentativa de promover uma discussão que leva claramente para “aceitação social do incesto” devemos nós, como sensatos, problematizar, levantar questões sérias e trazer discussão severas sobre essa insistência obsessiva em relação ao tema, e não nos calarmos diante de mais uma abuso que é moral, sexual, social e cultural.
Vamos problematizar?
Questões precisam ser levantadas, como: Qual o limite de um carinho entre familiares? Existe esse limite? Até que ponto um carinho pode ser considerado um abuso travestido de amor?
Quando falamos de incesto entre pai e filhos, por exemplo, uma outra questão a ser abordada é o abuso sexual infantil, ou mesmo a pedofilia inserida dentro do incesto. Se este é cometido e aceito como carinho hoje por um adolescente ou adulto, com certeza foi uma construção desde a infância.
Não estaria hoje este incesto — que não há punição na lei brasileira — sendo fruto de um abuso sexual infantil, que é um crime? Um incesto aceito hoje como “carinho” sem malícia sexual, não seria fruto de uma violência simbólica cometido por pais que tinham poder sobre esta criança no passado? Esse poder de ontem não pode ter se desdobrado para “toques aceitáveis” pela criança adulta, pelo viés da alienação psicológica? Hoje não é um abuso infantil pois a criança cresceu, mas e no início o que poderia ser?
São questões que devem ser consideradas quando falamos em proteger crianças e adolescentes de adultos abusivos, perversos, que sempre arrumam uma maneira para abusar de vulneráveis confundindo a própria família, muitas vezes, refém psicológica e social desse adulto.
Entenda. Uma filha que quando adulta aceita intimidade abusivas e não percebe este abuso em muitos casos, pode estar desde a sua infância sendo assediada, abusada, sem ter a consciência deste repugnante ato.
O incesto e sua relação com a pedofilia
Tratei de casos de abuso sexual infantil em que atuei como perita, onde a criança não percebia que estava sendo abusada — tamanha a alienação.
Muitas crianças crescem acostumadas com abusos, assédio de adultos próximos, confundindo com amor paternal e maternal, defendendo o abusador. Em muitos casos, se sentem obrigadas a aceitar toques acreditando ser um ato de amor sem interesses sexuais. Porém, o fato é que no Brasil e no mundo há casos de abuso sexual travestido de relacionamento familiar aceitável.
Incesto e sua relação biológica
A biologia tem horror inato ao incesto. A proibição é considerada como a proteção natural contra os malefícios do cruzamento endogâmico, ou seja, biologicamente, o incesto   diminui o genetic pool de uma população, levando a malformações e doenças genéticas, aumentando também a probabilidade de determinadas doenças nessa população, principalmente ao longo de gerações. Só por esta verdade científica devemos abominar qualquer tentativa de aceitação social do ato.
Incesto como tabu religioso
O incesto, portanto, não pode ser considerado apenas como um tabu religioso. Existe uma razão biológica para que seja um ato repugnante e deve ser evitado por todos, inclusive pela cultura. A Bíblia também condena, abomina, veda o incesto. Diz a Bíblia, em Levítico 18:6: “Não descobrirás a nudez da mulher de teu irmão; e a nudez de teu irmão”.
Incesto e a destruição familiar
Pesquisas apontam que, essa repulsa que sentimos só de pensar em manter relações sexuais com nossos parentes próximos, principalmente pais e irmãos, está relacionada com a convivência familiar. No entanto, na contemporaneidade, existe um movimento compulsório, uma tentativa obsessiva de desconstruir estes laços tão próximos, com o objetivo de destruir esses laços afetivos gerando, maquiavelicamente, uma cultura sexual poliformicamente perversa. Isso inclui o incesto e também a pedofilia.
A aceitação social do incesto atribuído apenas ao TABU CULTURAL não se sustenta.
Ao contrário do que se imagina, há enorme variação nas sociedades, no que se refere à proibição de condutas. Há inúmeros comportamentos que, tidos em nossa sociedade como inaceitáveis, foram permitidos em outras sociedades. Vejam-se os exemplos do infanticídio e da castração. Em certas tribos indígenas no Brasil, o infanticídio é algo socialmente aceito. Na Itália dos séculos XVI ao XIX, a castração era feita em adolescentes, para que cantassem como mulheres, que eram proibidas nos coros dos mosteiros. Para nós, as duas práticas soam como abomináveis.
O incesto é uma exceção, pois, na antropologia, se reconhece a “quase universalidade do princípio da proibição do incesto” (Norbert Rouland).
Incesto, feminismo e o movimento Queer
Um número considerável de feministas desconstrucionistas, adeptas da liberdade plural da sexualidade, têm se unido ao movimento queer de subversão sexual. Juntos sistematicamente, têm tentado ao longo dos anos construir essa sociedade sexualmente perversa, incluindo o incesto como parte da diversidade e direito sexual. Podemos citar como exemplo desta obsessão a feminista (psicótica que morreu em 2012, vítima das drogas que usava) Sulamith Firestone. Ela promovia em suas falácias e em seu livro “Dialética do Sexo” que o seu maior sonho era chegar a uma sociedade com sua “sexualidade poliformicamente perversa”. Para ela e seus adeptos, esse era o ideal de sociedade, eliminado todos os tabus sexuais que eram causadores e geradores de violência contra a mulher e contra as tantas formas variáveis de gênero e de prazer sexual.
Vale lembrar que na história da humanidade  muitos “intelectuais”, adeptos da diversidade sexual, promoveram abertamente o incesto e a pedofilia como apenas uma das tantas manifestações plurais da sexualidade humana ou um direito sexual.
Incesto e a lei brasileira
“A definição jurídica do incesto vem do latim incestu (impuro, impudico) e é definida como a conjunção carnal entre parentes por consanguinidade ou afinidade, que se acham, em grau, interditados, ou proibidos, para as justas núpcias”. Fazer sexo com o próprio filho, pela lei brasileira, não é crime. O incesto (sexo entre os pais e os filhos), se ambos são maiores e nenhum está sob ameaça ou violência, é permitido pela lei brasileira, no sentido de não haver proibição além da moral, cultural, religiosa.
Entretanto, é certo que o Código Civil proíbe o casamento entre ascendente e descendente, seja o parentesco natural ou civil (art. 1.521, I, CC), mas essa proibição apenas tem reflexo penal se houver um casamento entre pessoas que sabem do parentesco, mas se casam omitindo esse fato ou se um deles sabe disso e induz o outro ao erro, omitindo o parentesco. Caracteriza-se o crime descrito no art. 236 ou o do art. 237 do Código Penal.
Infelizmente, novamente vemos que não é a relação incestuosa que se pune, mas a fraude caracterizada com a prática de um casamento proibido civilmente.
Tabu do incesto
A psicanálise vê o incesto como um tabu necessário, o denota como uma relação sexual ou marital entre duas pessoas consideradas, pela sociedade, como tão próximas que a união ou qualquer proximidade mais íntima entre elas torna-se proibida (tabu do incesto).
Freud disseca a questão do incesto frente 'natureza-cultura'. Ele afirma que o horror ao incesto vem como uma forma inconsciente, individual e coletiva, de se organizar a sociedade humana de uma forma que a distingue dos animais irracionais.
Não há civilização que aceite o incesto, mas sempre há grupo de pessoas, sem censura, noção de julgamento, sem interdição cerebral e psicológica que como animais irracionais, veem no ato sexual um direito sem se importar com o direito do outro, pessoas perversas que tentam em seus falaciosos discursos, maneiras de manipular crianças, jovens e sociedade por meio da cultura, a fim de fazer a sociedade aceitar o inaceitável.
Não podemos nos calar, devemos aproveitar esse abuso, essa polêmica, para repudiar toda e qualquer tentativa de aceitação social do incesto. Lembrando que se hoje o incesto é praticado, ontem pode ter acontecido um ato de pedofilia e abuso sexual infantil construído na mente dessa vítima como algo normal e prazeroso. Isso é crime, é crueldade, é usar a criança como um objeto sexual. Não podemos, nem por um segundo, aceitar como normal.
Nossa sociedade está doente. Temos que voltar a sanidade e cobrar das mídias e meios de comunicação que não aceitem o inaceitável, deixando de imputar o tabu do incesto apenas aos religiosos, mas sim como uma aberração contra a natureza humana, um doença, uma perversão sexual que deve ser repudiada e condenada para o bem da nossa civilização.

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