quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Homem preso injustamente há 46 anos perdoa acusadores: “Deus é tão bom”

Wilbert Jones falando aos repórteres após deixar a prisão ao lado de seu irmão, Plem Jones. (Foto: Gerald Herbert/Associated Press)
Wilbert Jones falando aos repórteres após deixar a prisão ao lado de seu irmão, Plem Jones. (Foto: Gerald Herbert/Associated Press)
Um homem de 65 anos que foi preso aos 19 saiu da prisão com sua fé fortalecida nesta quarta-feira (15), depois que sua condenação injusta foi anulada por um juiz.
“Deus é tão bom”, disse Wilbert Jones, após mais de 45 anos e dez meses de prisão, enquanto abraçava seus parentes em frente ao presídio de Baton Rouge, em Luisiana, nos Estados Unidos.
Passar preso por todo esse período mesmo sem ter culpa foi “muito difícil”, mas Jones disse aos repórteres que não tem ressentimento. “Eu perdoei. Eu perdoo. Eu não tinha controle disso. Por que eu deveria me preocupar com isso?”, afirmou.
Para provar sua inocência, Jones contou com o apoio do projeto Innocence New Orleans. A advogada Emily Maw, que esteve envolvida no caso, elogiou “a força extraordinária de um homem que gastou mais de 16 mil dias na prisão por algo que ele não fez, mas saiu com fé em Deus e na humanidade”.
Jones foi preso por suspeita de sequestrar uma enfermeira no estacionamento de um hospital e estuprá-la atrás de um prédio, na noite de 2 de outubro de 1971. A enfermeira, que morreu em 2008, retirou a denúncia contra Jones três meses após o estupro, esclarecendo à polícia que o criminoso era mais alto e tinha uma voz “muito mais áspera” do que Jones.
Os advogados de Jones afirmam que a descrição da enfermeira corresponde a um homem que foi preso por suspeita de estuprar mais uma mulher em 1973, mas nunca foi acusado pelo crime que o indiciou.
Segundo o juiz Richard Anderson, evidências apontam que a polícia sabia das semelhanças entre esse homem e a descrição da enfermeira. “No entanto, o Estado não forneceu esta informação à defesa”, escreveu o juiz.
Jones foi descrito pelos advogados como um “prisioneiro altamente confiável” e “um homem frágil e envelhecido” que não representa nenhum perigo para a comunidade. O conselheiro da prisão, Timothy Hooper, também testemunhou por sua libertação, o classificando como um detento exemplar. O marido da enfermeira também não se opôs à sua libertação.

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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Homem preso injustamente há 46 anos perdoa acusadores: “Deus é tão bom”

Wilbert Jones falando aos repórteres após deixar a prisão ao lado de seu irmão, Plem Jones. (Foto: Gerald Herbert/Associated Press)
Wilbert Jones falando aos repórteres após deixar a prisão ao lado de seu irmão, Plem Jones. (Foto: Gerald Herbert/Associated Press)
Um homem de 65 anos que foi preso aos 19 saiu da prisão com sua fé fortalecida nesta quarta-feira (15), depois que sua condenação injusta foi anulada por um juiz.
“Deus é tão bom”, disse Wilbert Jones, após mais de 45 anos e dez meses de prisão, enquanto abraçava seus parentes em frente ao presídio de Baton Rouge, em Luisiana, nos Estados Unidos.
Passar preso por todo esse período mesmo sem ter culpa foi “muito difícil”, mas Jones disse aos repórteres que não tem ressentimento. “Eu perdoei. Eu perdoo. Eu não tinha controle disso. Por que eu deveria me preocupar com isso?”, afirmou.
Para provar sua inocência, Jones contou com o apoio do projeto Innocence New Orleans. A advogada Emily Maw, que esteve envolvida no caso, elogiou “a força extraordinária de um homem que gastou mais de 16 mil dias na prisão por algo que ele não fez, mas saiu com fé em Deus e na humanidade”.
Jones foi preso por suspeita de sequestrar uma enfermeira no estacionamento de um hospital e estuprá-la atrás de um prédio, na noite de 2 de outubro de 1971. A enfermeira, que morreu em 2008, retirou a denúncia contra Jones três meses após o estupro, esclarecendo à polícia que o criminoso era mais alto e tinha uma voz “muito mais áspera” do que Jones.
Os advogados de Jones afirmam que a descrição da enfermeira corresponde a um homem que foi preso por suspeita de estuprar mais uma mulher em 1973, mas nunca foi acusado pelo crime que o indiciou.
Segundo o juiz Richard Anderson, evidências apontam que a polícia sabia das semelhanças entre esse homem e a descrição da enfermeira. “No entanto, o Estado não forneceu esta informação à defesa”, escreveu o juiz.
Jones foi descrito pelos advogados como um “prisioneiro altamente confiável” e “um homem frágil e envelhecido” que não representa nenhum perigo para a comunidade. O conselheiro da prisão, Timothy Hooper, também testemunhou por sua libertação, o classificando como um detento exemplar. O marido da enfermeira também não se opôs à sua libertação.

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