Foto: Lula Marques/ Agência PT
Na série de articulações para enterrar a denúncia por corrupção passiva, que envolveu desde liberação bilionária de emendas até distribuição de cargos, o presidente Michel Temer teve uma agenda oficial cheia nesta quarta-feira (2), dia da votação na Câmara dos Deputados. Os encontros foram com ministros, governadores, senadores, deputados federais e até cientistas políticos. No âmbito da Bahia, estado que deu a Temer mais votos favoráveis do que contrários ao prosseguimento da denúncia, o presidente se reuniu com quatro parlamentares baianos: João Carlos Bacelar e José Carlos Araújo, ambos do PR, Pastor Luciano Braga (PRB) e Arthur Oliveira Maia (PPS). O PR nacional fechou questão contra a ação penal da Procuradoria-Geral da República (PGR), mas, na Bahia, compõe a base do governador Rui Costa. No plenário, tanto Bacelar quanto Araújo votaram a favor de Temer, mas declararam que o fizeram apenas por seguir a determinação da sigla. Quem descumpre fechamento de questão pode acabar sofrendo punições, como expulsão da legenda. Ao proferir o voto, Araújo lamentou que, mesmo com resistência, precisaria se posicionar favorável ao presidente. Já Bacelar disse que comunicou ao governo Rui Costa seu posicionamento. A situação de Luciano Braga e Arthur Maia, entretanto, é diferente. Na Bahia, suas siglas integram a base do prefeito ACM Neto (DEM), que é aliado de Temer no plano nacional. Maia, inclusive, é relator da reforma da Previdência, principal bandeira do governo Temer. Eles, sem surpresa, foram a favor do peemedebista.
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