No artigo anterior ponderamos sobre a necessidade de que o Culto ao Senhor seja organizado, com horário para começar e terminar, dentro de parâmetros de convivência social que abençoem a comunidade, sem causar escândalo e embaraço.
Também mencionamos que a vontade prevalecente num Culto deve ser a do cultuado, não a do cultuador, de maneira que se queremos adorar a Deus, os parâmetros a seguir são os Dele não os nossos.
Hoje prosseguimos no tema, afinal, manter-se dentro do horário e do volume apropriado não garante por si só que um Culto seja decente e ordeiro.
O melhor capítulo bíblico para evocarmos é I Co 14. Extrai dele alguns versículos para que nos norteiem. Mas recomendo que você o leia por completo ao término da leitura deste artigo.
Dou graças a Deus por falar em línguas mais do que todos vocês.
Todavia, na igreja prefiro falar cinco palavras compreensíveis para instruir os outros a falar dez mil palavras em língua.
Irmãos, deixem de pensar como crianças. Com respeito ao mal, sejam crianças; mas, quanto ao modo de pensar, sejam adultos.
Pois está escrito na Lei: “Por meio de homens de outras línguas e por meio de lábios de estrangeiros falarei a este povo, mas, mesmo assim, eles não me ouvirão”, diz o Senhor.
Portanto, as línguas são um sinal para os descrentes, e não para os que crêem; a profecia, porém, é para os que crêem, e não para os descrentes.
Assim, se toda a igreja se reunir e todos falarem em línguas, e entrarem alguns não instruídos ou descrentes não dirão que vocês estão loucos?1 Coríntios 14:18-23
Todavia, na igreja prefiro falar cinco palavras compreensíveis para instruir os outros a falar dez mil palavras em língua.
Irmãos, deixem de pensar como crianças. Com respeito ao mal, sejam crianças; mas, quanto ao modo de pensar, sejam adultos.
Pois está escrito na Lei: “Por meio de homens de outras línguas e por meio de lábios de estrangeiros falarei a este povo, mas, mesmo assim, eles não me ouvirão”, diz o Senhor.
Portanto, as línguas são um sinal para os descrentes, e não para os que crêem; a profecia, porém, é para os que crêem, e não para os descrentes.
Assim, se toda a igreja se reunir e todos falarem em línguas, e entrarem alguns não instruídos ou descrentes não dirão que vocês estão loucos?1 Coríntios 14:18-23
Se, porém, alguém falar em língua, devem falar dois, no máximo três, e alguém deve interpretar.
Se não houver intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus.1 Coríntios 14:27,28
Se não houver intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus.1 Coríntios 14:27,28
Pois Deus não é Deus de desordem, mas de paz. Como em todas as congregações dos santos,
1 Coríntios 14:33
1 Coríntios 14:33
Mas tudo deve ser feito com decência e ordem.
1 Coríntios 14:40
1 Coríntios 14:40
Os versículos listados estão todos dentro do mesmo contexto, em continuidade à mesma tratativa, não tendo sido pinçados aleatoriamente para construir uma defesa.
À luz destes versículos como não questionar algumas práticas cada vez mais recorrentes no meio cristão atual?
Como não reconhecer que há divergências cruciais entre as recomendações dadas por Paulo sobre o uso dos dons de línguas no culto e o que se vê hoje em dia em algumas igrejas?
Me digam onde está a biblicidade de determinadas “unções” e “moveres” que se proliferam em determinadas igrejas, onde a ordem e a decência são sobrepujadas por espalhafato, teatralidade espiritual e, em alguns casos, até mesmo a truculência?
Onde a Bíblia diz que devem falar dois, NO MÁXIMO TRÊS e alguém deve interpretar, vemos agora dezenas, muitas vezes centenas de irmãos gritando ao mesmo tempo, sem qualquer condição de edificação, muito menos de que haja possibilidade de se interpretar o que estão dizendo.
Meu querido, se você crê que a Bíblia é inerrante, ou seja, é a Palavra INFALÍVEL de Deus, e ela diz que no culto público devem orar em línguas no máximo dois ou três e haver interpretação, só podemos chegar à conclusão de que se há dezenas ou centenas verberando em línguas estranhas sem nenhuma interpretação, tal movimento não está alinhado ao que o próprio Espírito inspirou Paulo a escrever em Sua Palavra!
Pois se Paulo escreveu sob inspiração e seu escrito contraria o que se vislumbra em diversas igrejas, como considerar que o Espírito que atua é o mesmo, se a mensagem e a ação se contradizem?
Há casos em que uns correm pelos corredores, outros giram e agitam mãos, não raro atingindo ou lançando cadeiras em irmãos indefesos.
O versículo 33, ainda no mesmo assunto e contexto é taxativo, “pois Deus não é Deus de desordem, é Deus de paz”. Pois bem: Que paz e ordem há numa ação coordenada pelo próprio Espírito em que temos que permanecer em estado de atenção para não sermos atingidos por um “crente cheio da unção”?
Cadê a ordem numa manifestação em que os membros correm, rolam no chão, uivam e aparentam ter perdido o controle dos seus atos, assustando eventuais visitantes e descrentes que estejam visitando a Igreja?
Paulo escreve: Assim, se toda a igreja se reunir e todos falarem em línguas, e entrarem alguns não instruídos ou descrentes não dirão que vocês estão loucos?
Sim. É óbvio. Um descrente que esteja visitando se sentirá muito mais acuado e assustado com o que está vendo do que atraído para a catarse coletiva.
Infelizmente, vivemos uma fase de imediatismo na igreja. Ir prestar Culto e Reverência ao Senhor dos senhores não basta, é preciso uma nova experiência o tempo todo. Todos têm que sair do culto cambaleando no Espírito ou não receberam o Poder.
Não esqueçamos que uma das evidências do Fruto do Espírito é o domínio próprio!
Não esqueçamos que o culto não é somente o lugar para você “caçar” novas experiências, é o momento em que o Senhor deve ser adorado e onde você, muitas vezes, deve se calar em reverência para ouvi-Lo falar.
Respeitando sempre as regras de culto estabelecidas pelo cultuado, pois, repito, quem decide como um culto deve ser prestado é o cultuado, não o cultuador. O padrão precisa ser aquele que Ele especificou.
A partir do momento em que alguém da sapiência do Apóstolo Paulo diz: “Todavia, na igreja prefiro falar cinco palavras compreensíveis para instruir os outros a falar dez mil palavras em língua.”, creio que, de nossa parte, ao menos uma reflexão deve ser suscitada.
Deus é Deus de ordem e decência. O Culto é a Ele e deve ser realizado conforme Ele ordenou. Deus não é Deus de confusão ou mentira. Sendo Ele Espírito, que sentido faria Ele próprio causar o rebuliço que inspirou Paulo a repreender?
Concluo com as palavras do apóstolo:
Portanto, meus irmãos, busquem com dedicação o profetizar e não proíbam o falar em línguas.
Mas tudo deve ser feito com decência e ordem. 1 Coríntios 14:39,40
Mas tudo deve ser feito com decência e ordem. 1 Coríntios 14:39,40
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