A iminente queda foi ratificada após a vitória do Guarani por 1 a 0 sobre o Caxias, fora de casa. Com isso, a equipe de Campinas somou 23 pontos, cinco a mais que o São Caetano. A uma rodada do fim da primeira fase, o time ficou a quatro pontos do último clube fora da zona de rebaixamento, o Juventude. Na próxima rodada, enfrenta o Duque de Caxias, também rebaixado à quarta divisão.
O atual cenário - o São Caetano também está na A2 do Paulistão - contrasta com o momento vivido pelo time paulista no começo da década de 2000, quando chegou à final da Libertadores de 2002 depois de eliminar gigantes sul-americanos como Universidad Católica, Peñarol e América do México. Na decisão, venceu o Olimpia por 1 a 0 em plenoDefensores del Chaco. No Pacaembu, sofreu a virada no segundo tempo, caiu por 2 a 1 e perdeu o título para os paraguaios nos pênaltis (4 a 2).
Apenas nove anos depois da fundação, a clube alcançou a terceira divisão do Campeonato Brasileiro. Logo na primeira participação, em 1998, o vice-campeonato no torneio deu direito a uma vaga na Série B. No ano seguinte, o São Caetano terminou a competição na quinta posição. O acesso à elite, entretanto, não demoraria a acontecer. Na Copa João Havelange de 2000, a equipe conquistou um lugar entre os 16 melhores times do País ao terminar o Módulo Amarelo na vice-liderança, atrás do Paraná.
Nas oitavas de finais, eliminou o Fluminense ao fazer 1 a 0 no Maracanã, gol do atacante Adhemar. Na sequência, despachou Palmeiras e Grêmio, até chegar à final contra o Vasco. Nas finais, o título escapou após um empate por 1 a 1 no Palestra Itália e uma derrota por 3 a 1 no Maracanã. A boa campanha, porém, não tornou-se fato isolado na história do clube. Em 2001, o São Caetano repetiu o feito: derrotou Bahia e Atlético-MG até ser derrotado pelo Atlético-PR na decisão do Brasileiro.
No Campeonato Paulista, o acesso à elite deu-se em 2000, já sob o comando do técnico Jair Picerni, que ficaria no clube até o fim da Libertadores 2002. Bastaram duas edições na primeira divisão do Campeonato Paulista para que o São Caetano conquistasse o título. Em 2001, a equipe ficou na quinta colocação. Em 2002, disputou o Torneio Rio-SP e acabou eliminada nas semifinal, pelo Corinthians. No Paulistão de 2003, o time foi mais vez o quinto melhor do torneio. No ano seguinte, com Muricy Ramalho no banco de reservas, o título, enfim, foi conquistado - na decisão duas vitórias sobre o Paulista (3 a 1 e 2 a 0, ambas no Pacaembu).
Nesse mesmo ano, o clube disputou a Libertadores pela terceira vez em quatro anos. O fato está ligado à boa campanha no Brasileirão 2003, quando o chegou na quarta colocação - no torneio sul-americano, a eliminação ocorreu diante do Boca Juniors, nas quartas de final. Outra ótima campanha deu-se no Paulistão de 2007: após derrotar o São Paulo na semifinal, com direito a um 4 a 1, o São Caetano deixou escapar o título a oito minutos do fim do segundo jogo da final (o Santos fez 2 a 0 e ergueu a taça).
QUEDA - No âmbito nacional, a derrocada do São Caetano começou em 2006, com o primeiro rebaixamento. Após 20 derrotas e nove empates em 38 partidas, o time terminou o Brasileirão no 19.º lugar. Após sete temporadas consecutivas na Série B sem conseguir voltar à elite, o clube passou por outro descenso do nacional, chegando à terceira divisão neste ano.
No Paulistão, o rebaixamento à A2 veio em 2013, após fraco desempenho e mais um 19.º lugar - em 19 jogos, a equipe venceu apenas duas vezes, empatando outras sete partidas. No primeiro semestre deste ano, o segundo descenso seguido no estadual só não ocorreu devido a uma vitória do Red Bull sobre o Barueri na rodada final. Dessa forma, o São Caetano se manteve à frente na tabela e evitou mais um fracasso na sua história.
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