terça-feira, 22 de outubro de 2013
Violência familiar - Está na hora de falar sobre o assunto
O primeiro caminho é, sem dúvida, de caráter educativo. Esta educação pode ser realizada através de palestras, projeção de filmes que abordam a questão e depois abrir um debate com os participantes. O tema também pode estar presente nos congressos e seminários sobre família que as igrejas e a denominação realizam. Os pastores podem pregar mais sobre o assunto. Precisamos frisar a idéia de que Deus não criou os seres humanos para serem maltratados uns pelos outros. Existem textos bíblicos que abordam a questão e podem ser explorados. Tenho certeza absoluta que quando o tema for mais explorado, os casos começarão a aparecer e serão mais visíveis aos nossos olhos.
Devemos educar as meninas e meninos quanto as maneiras de se defenderem e buscarem ajuda quando necessária. Algo que me preocupa, também, é questão de certas ênfases que se tem dado à orientação dos pais quanto à disciplina de seus filhos. Por vezes, em algumas literaturas, até mesmo cristãs, encontramos verdadeiros manuais de 'surrar' os filhos. Sem entrar na exegese dos versículos de Provérbios, que tratam da disciplina infantil, percebo que se tem valorizado mais a 'pedagogia da vara' do que a pedagogia do amor, diálogo, do companheirismo na educação dos filhos. Temo que se tem adotado, sem se perceber, mais uma corrente behaviorista do que uma posição bíblica quando se trata do assunto.
Podemos também prover mecanismos de apoio às vítimas da violência doméstica. Precisamos dizer para essas pessoas que elas não estão sozinhas. Um ponto importante é resgatar a auto-estima e autoconfiança da vítima. Para isto é preciso criar na igreja uma atmosfera de confiança e segurança.
As igrejas que desejam ministrar às famílias em sua totalidade podem desenvolver programas de apoio às vitimas, inclusive financeiro, nos casos emergenciais. Casas de famílias podem ser cadastradas e treinadas para receberem, temporariamente, as mulheres que são vítimas da violência de seus parceiros.
Há de se pensar também na questão do aconselhamento pastoral às vítimas. As denominações podem estudar maneiras de prover uma capacitação contínua dos seus líderes neste sentido.
Não podemos esquecer que é preciso um confronto com o abusador. Precisamos deixar bem claro que a violência doméstica é errada e precisa ser tratada de maneira bíblica e psicológica. Às vezes, a igreja terá que apoiar financeiramente o tratamento de toda uma família. Concluindo, o tema está colocado para uma reflexão. O assunto é difícil, mas é preciso encará-lo de frente e, acima de tudo, com uma proposta bíblica onde o amor, compreensão, apoio, ajuda e confrontação sobressaem de forma clara e relevante.
Se como igrejas evangélicas queremos ser relevantes às famílias deste novo milênio temos que encarar esta realidade. Muitas vezes cultivamos uma visão romântica de família, como se esse e outros problemas não acontecem. A realidade familiar, às vezes, é cruel e dolorida. São para esses e outros tipos de problemas familiares que devemos ser mensageiros da graça de Cristo.
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terça-feira, 22 de outubro de 2013
Violência familiar - Está na hora de falar sobre o assunto
O primeiro caminho é, sem dúvida, de caráter educativo. Esta educação pode ser realizada através de palestras, projeção de filmes que abordam a questão e depois abrir um debate com os participantes. O tema também pode estar presente nos congressos e seminários sobre família que as igrejas e a denominação realizam. Os pastores podem pregar mais sobre o assunto. Precisamos frisar a idéia de que Deus não criou os seres humanos para serem maltratados uns pelos outros. Existem textos bíblicos que abordam a questão e podem ser explorados. Tenho certeza absoluta que quando o tema for mais explorado, os casos começarão a aparecer e serão mais visíveis aos nossos olhos.
Devemos educar as meninas e meninos quanto as maneiras de se defenderem e buscarem ajuda quando necessária. Algo que me preocupa, também, é questão de certas ênfases que se tem dado à orientação dos pais quanto à disciplina de seus filhos. Por vezes, em algumas literaturas, até mesmo cristãs, encontramos verdadeiros manuais de 'surrar' os filhos. Sem entrar na exegese dos versículos de Provérbios, que tratam da disciplina infantil, percebo que se tem valorizado mais a 'pedagogia da vara' do que a pedagogia do amor, diálogo, do companheirismo na educação dos filhos. Temo que se tem adotado, sem se perceber, mais uma corrente behaviorista do que uma posição bíblica quando se trata do assunto.
Podemos também prover mecanismos de apoio às vítimas da violência doméstica. Precisamos dizer para essas pessoas que elas não estão sozinhas. Um ponto importante é resgatar a auto-estima e autoconfiança da vítima. Para isto é preciso criar na igreja uma atmosfera de confiança e segurança.
As igrejas que desejam ministrar às famílias em sua totalidade podem desenvolver programas de apoio às vitimas, inclusive financeiro, nos casos emergenciais. Casas de famílias podem ser cadastradas e treinadas para receberem, temporariamente, as mulheres que são vítimas da violência de seus parceiros.
Há de se pensar também na questão do aconselhamento pastoral às vítimas. As denominações podem estudar maneiras de prover uma capacitação contínua dos seus líderes neste sentido.
Não podemos esquecer que é preciso um confronto com o abusador. Precisamos deixar bem claro que a violência doméstica é errada e precisa ser tratada de maneira bíblica e psicológica. Às vezes, a igreja terá que apoiar financeiramente o tratamento de toda uma família. Concluindo, o tema está colocado para uma reflexão. O assunto é difícil, mas é preciso encará-lo de frente e, acima de tudo, com uma proposta bíblica onde o amor, compreensão, apoio, ajuda e confrontação sobressaem de forma clara e relevante.
Se como igrejas evangélicas queremos ser relevantes às famílias deste novo milênio temos que encarar esta realidade. Muitas vezes cultivamos uma visão romântica de família, como se esse e outros problemas não acontecem. A realidade familiar, às vezes, é cruel e dolorida. São para esses e outros tipos de problemas familiares que devemos ser mensageiros da graça de Cristo.
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