“O nome do meu livro não é uma mera
expressão literária. Não tenho nada a perder. E isso é um recado claro e
direto a quem interessar”, resume Macedo.
Ele conta também como serão os
investimentos em 2013 para consolidar a busca pela liderança da Rede
Record. “Construímos um departamento de jornalismo sólido e com
credibilidade, uma fábrica de novelas própria com milhares de
funcionários e um projeto comercial que conquistou a confiança dos
anunciantes. Nossa meta é a liderança, não importa o tempo que isso
demore para acontecer”.
Macedo ressalta que seu principal
objetivo de vida não é esse, mas sim a expansão da Igreja Universal.
Mesmo já possuindo centenas de templos espalhados pelo Brasil e por 182
países, com cerca de 5.800 pastores, bispos e outros funcionários
remunerados, a Iurd quer continuar ajudando o maior número possível de
pessoas a encontrarem um novo caminho para suas vidas por meio da fé.
A frente da Universal há 35 anos, Edir
Macedo já enfrentou acusações de charlatanismo, curandeirismo e
enriquecimento pela exploração da fé alheia. Mesmo assim, a denominação é
considerada um dos maiores fenômenos religiosos das últimas décadas.
“A Igreja Universal foi e continua sendo
atacada. Isso não acabou. Somos sempre alvo de certos setores da
sociedade incomodados com a perda de espaço e privilégios, como a Globo e
o Vaticano. Há um claro preconceito por trás disso. Uma postura
agressiva velada. Ou alguém duvida que a Globo só me ataca e ataca a
Igreja Universal por causa da Record? Para eles, a Record é uma ameaça”,
ressalta.
Macedo deixa claro na entrevista que um
dos segredos da Universal é a sua capacidade de auxiliar na reinserção
social, especialmente na recuperação de criminosos e no atendimento à
saúde. “A Igreja Universal permite ao Estado economizar bilhões em
tratamento hospitalar e na ressocialização de presos”. E é enfático: “A
Igreja Universal é um pronto-socorro espiritual. Ela recebe gente que
sofre com os mais variados males, entre eles dificuldades financeiras”.
O líder da Iurd reafirma na entrevista
que “a sina da Universal é barrar a Igreja Católica”. Para ele, sua
prisão em 1992 foi uma tentativa dos católicos de interromper o
crescimento da sua denominação. Os 11 dias em que passou numa cela
naquele ano foi consequência do que chama de ‘perseguição do clero
romano’. “Eram políticos de prestígio, empresários da elite econômica e
social, intelectuais, juízes, desembargadores e outras autoridades do
Poder Judiciário que tomavam decisões sob a influência do alto comando
católico”, acredita.
Tudo teria começado, segundo Macedo,
quando ele ainda era bem jovem e ocupava um emprego público na Loteria
do Rio de Janeiro. Certo dia, seguindo ordens, impediu a entrada de um
monsenhor, enviado pelo arcebispo para recolher dinheiro que algumas
sociedades católicas recebiam das loterias.
“Eu barrei a Igreja Católica naquele
dia… E, simbolicamente, seria um prenúncio do que se tornaria a sina da
Igreja Universal ao longo dos anos”, disse o bispo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário