sábado, 20 de outubro de 2012

Somos o sal da terra?



Após o sermão das bem aventuranças Cristo diz que somos o sal da terra e, chama-nos sal da terra, porque quer que façamos na terra o que faz o sal.
Os orientais têm por costume ratificar as suas promessas por meio de presentes de sal. O sal é o emblema da preservação, e por isso o é também da constância e da fidelidade - é uma sagrada garantia de hospitalidade, que nunca aquela gente se atrevia a quebrar, preferindo dar guarida a criminosos a ter de entregá-los à justiça, logo que eles tenham comido do seu sal. Toda a oferta de manjares devia ser salgada com sal (Lv 2.13), foi estabelecida a ‘aliança perpétua de sal’ entre Deus e o Seu povo (Nm 18.19 ).
Em Mt 5.13 existe uma referência direta as qualidades de dar sabor e de preservar as coisas, portanto Cristo quer que preservemos as coisas, que preservemos a terra para que esta não apodreça, não se corrompa.
Mas porque a terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos nela que têm “ofício de sal”, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção?
Será porque o sal não salga, ou porque a terra se não deixa salgar?
Será porque o sal não salga, e os pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se não deixa salgar e os ouvintes, não querem receber a verdadeira doutrina?
Ou é porque o sal não salga, e os pregadores dizem uma cousa e fazem outra; ou
porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem, que fazer o que dizem.
O sal não salga, e os pregadores se pregam a si e não a Cristo; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes, em vez de servir a Cristo, servem a seus apetites.
Supondo, que ou o sal não salgue ou a terra se não deixe salgar; que se há-de fazer a este sal e que se há-de fazer a esta terra?
O que se há-de fazer ao sal que não salga, Cristo o disse logo: ... ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.
Se o sal perde a substância e a virtude, ou seja se ao pregador faltar à doutrina e o exemplo, o que se lhe há de fazer?
É lançá-lo fora como inútil para que seja pisado de todos.

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sábado, 20 de outubro de 2012

Somos o sal da terra?



Após o sermão das bem aventuranças Cristo diz que somos o sal da terra e, chama-nos sal da terra, porque quer que façamos na terra o que faz o sal.
Os orientais têm por costume ratificar as suas promessas por meio de presentes de sal. O sal é o emblema da preservação, e por isso o é também da constância e da fidelidade - é uma sagrada garantia de hospitalidade, que nunca aquela gente se atrevia a quebrar, preferindo dar guarida a criminosos a ter de entregá-los à justiça, logo que eles tenham comido do seu sal. Toda a oferta de manjares devia ser salgada com sal (Lv 2.13), foi estabelecida a ‘aliança perpétua de sal’ entre Deus e o Seu povo (Nm 18.19 ).
Em Mt 5.13 existe uma referência direta as qualidades de dar sabor e de preservar as coisas, portanto Cristo quer que preservemos as coisas, que preservemos a terra para que esta não apodreça, não se corrompa.
Mas porque a terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos nela que têm “ofício de sal”, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção?
Será porque o sal não salga, ou porque a terra se não deixa salgar?
Será porque o sal não salga, e os pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se não deixa salgar e os ouvintes, não querem receber a verdadeira doutrina?
Ou é porque o sal não salga, e os pregadores dizem uma cousa e fazem outra; ou
porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem, que fazer o que dizem.
O sal não salga, e os pregadores se pregam a si e não a Cristo; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes, em vez de servir a Cristo, servem a seus apetites.
Supondo, que ou o sal não salgue ou a terra se não deixe salgar; que se há-de fazer a este sal e que se há-de fazer a esta terra?
O que se há-de fazer ao sal que não salga, Cristo o disse logo: ... ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.
Se o sal perde a substância e a virtude, ou seja se ao pregador faltar à doutrina e o exemplo, o que se lhe há de fazer?
É lançá-lo fora como inútil para que seja pisado de todos.

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